terça-feira, 24 de maio de 2011

O Amor da Morte

O Contrato
- Eu sou a Morte!

A menina nada disse, ficou paralisada com a presença da Morte em, sobretudo estar ali próxima a ela e ao Will e ainda falando com ela.

- Então, me responda. – disse a Morte que tinha uma voz incrivelmente suave, paciente e serena como a de uma mãe que conforta o filho antes de dormir.

Ela encarou a Morte, não entendendo o que ela estava dizendo.

- Você realmente faria qualquer coisa para estar com ele novamente? - perguntou novamente a Morte se virando para a menina.

A menina não via nada dentro daquele capuz do, sobretudo negro, mas estava decidida a arriscar o que fosse para trazer o Will de volta.

- Como posso ter certeza de que você é a Morte?!

Isso foi tanto uma surpresa para a Morte, quanto para Julie, mas ele continuou firme com o que tinha dito, encarando a Morte, desafiando-a.

- Hum... Vejo que você quer uma prova. Bem, eu iria fazer isso de qualquer maneira mesmo.

A Morte estendeu a mão esquelética ao peito de Will, o corpo dele se elevou como quando leva um choque de desfribilador, e ele acordou. Se sentando rapidamente como se tivesse tido um pesadelo.
Julie que havia se afastado um passo pelo susto, rapidamente o abraçou dizendo:

- Will, você ta vivo!

Will não estava entendendo nada, mas a abraçou de volta, pois adorava te-la em seus braços.

- Isso é prova o suficiente a você?

Os dois se viraram para a Morte, que esperava a resposta de Julie.

- Sim é o suficiente, o que quer em troca da vida de Will?

Julie estava séria olhando a Morte, Will olhava tudo tentando entender o que acontecia? Quem era que estava debaixo do capuz? O que essa pessoa havia provado para Julie? E minha vida estava sendo negociada?!

- Faremos um contrato simples de apenas três condições:

1ª O Will deverá ser meu “Caçador de Recompensas”, pegando todas as almas que assim forem mandadas não importando de quem seja, quando e onde, deverá buscá-las e traze-las para mim. Caso contrário o contrato é desfeito e Will morre.

2ª Você não deverá morrer de maneira nenhuma, além de causa natural. Se você morrer assassinada, suicidio, overdose e assim por diante que não seja pelo tempo, ambos morrem e vão ao inferno separadamente.

E por fim:

3ª Você deverá sempre amar e Will incondicionalmente. Caso você ame outra pessoa ou ele deixe de te amar, ambos morrem e não irão nem ao céu nem ao inferno, deverão vagar no purgatório, vendo todas as outras almas sendo julgadas e enviadas aos seus destinos e vocês ficaram vendo esperando o fim dos tempos, sendo torturados pela fome e a sede não podendo morrer.
Ambos estão de acordo com o contrato?

Julie olhou para Will, pensando em cada parte do contrato, ela imaginou, “Posso cumprir as condições será dificil, mas posso!”

- Eu aceito! – disse Julie

Will estava confuso não estava entendo o que acontecia estavam negociando a vida dele!

- William você concorda com o contrato? – perguntou a Morte

Ele a encarava com medo, então Julie segurou seu braço, olhou para ela e viu em seus olhos o desejo de estar juntos a todo custo, se virou para morte e disse:

- Aceito!

Ambos puderam sentir que a Morte havia ficado feliz com a resposta mesmo sem ver o rosto dela.

- Ótimo! Agora durmam amanha vocês saberão o destino que tomaram!

Will e Julie de repente ficaram com sono e não conseguiam ficar acordados, cairam em um sono profundo. A Morte continuava de pé ao lado deles e disse:

- Um grande caminho vocês escolheram trilhar, mas não havia muitas alternativas não é querida? – Passou a mão no rosto de Julie, se virou e deixou na mesinha ao lado da cama de Will um cordão com um pingente parecido uma gota, beijou a propria mão e apareceu um revolver, colocou ao lado do cordão e por fim um bilhete em papel negro com os nomes de Will e Julie em prata. A Morte desapareceu em uma nevoa negra, deixando Will, na cama, e Julie, em uma cadeira ao lado da cama, dormindo segurando a mão um do outro.

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